Uma pesquisa realizada pela Universidade Monash, na Austrália, indica que o consumo diário de uma lata de refrigerante adoçado artificialmente pode aumentar em 38% o risco de diabetes tipo 2. Este aumento é superior ao risco identificado para bebidas adoçadas com açúcar, que é de 23%. Os cientistas atribuem essa relação ao aspartame, um adoçante comum que pode alterar o metabolismo da glicose.
O estudo, publicado na revista Diabetes & Metabolism em julho de 2025, levanta preocupações sobre os impactos dos adoçantes artificiais na saúde. Especialistas brasileiros, como Simone van de Sande Lee, diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), alertam que a pesquisa não estabelece uma relação causal definitiva. Ela sugere que pessoas predispostas a doenças metabólicas podem recorrer aos adoçantes como uma medida preventiva, o que pode distorcer os resultados observacionais.
As implicações dessa pesquisa são significativas, pois a discussão sobre a segurança dos adoçantes artificiais continua. Em resposta a um comunicado da Organização Mundial da Saúde (OMS), entidades brasileiras como a SBEM e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) defendem que a substituição do açúcar por adoçantes pode ser benéfica para reduzir a ingestão calórica. No entanto, especialistas recomendam priorizar alimentos in natura e uma reeducação alimentar em vez de depender de produtos ultraprocessados.