Um casal de pescadores, Aurileia Gomes de Andrade dos Santos e Marino Neto Chaves dos Santos, teve uma experiência inusitada ao fisgar um surubim no Lago Verde, em Lagoa da Confusão, Tocantins. Em menos de um minuto após retirar o peixe da água, eles se depararam com um cardume de piranhas que devorou rapidamente a carcaça do pescado. A bióloga Meriele Oliveira explica que esse comportamento é comum, pois as piranhas atacam peixes debilitados ou em estresse, atraídas por feromônios e substâncias liberadas na água.
A ação predatória das piranhas foi rápida e coordenada, caracterizando uma estratégia eficiente de sobrevivência. Segundo a especialista, a concentração de peixes em áreas menores durante a estiagem, que ocorre entre maio e setembro, aumenta as chances de interações como essa. O Lago Verde é conhecido pela presença de piranhas preta e vermelha, e os pescadores frequentemente capturam esses peixes na região.
Meriele alerta que, para evitar situações semelhantes, pescadores devem ter cautela em rios com águas paradas e vegetação submersa, especialmente em épocas de seca. Essas condições favorecem a atividade metabólica das piranhas, tornando-as mais agressivas. O casal registrou o momento do ataque e compartilhou a experiência, que, apesar de surpreendente, faz parte dos hábitos alimentares naturais das piranhas.