Pecuaristas de diversas regiões dos Estados Unidos, incluindo Nebraska, Dakota do Sul e Texas, estão começando a expandir seus rebanhos após um período de seca severa que afetou a produção de gado. Craig Uden, um pecuarista de Nebraska, adquiriu 200 vacas matrizes e seus bezerros em maio, enquanto Troy Hadrick, de Dakota do Sul, optou por reter 16 novilhas para reprodução, ao invés de enviá-las para abate. A melhora nas condições climáticas, com chuvas que revitalizaram as pastagens, tem incentivado essa mudança.
O rebanho nacional de gado nos EUA caiu para 86,7 milhões de cabeças no início do ano, o menor número desde 1951, devido à seca prolongada e ao aumento dos custos de alimentação. Com a escassez de gado, as empresas alimentícias começaram a importar carne bovina de países como Austrália e Brasil. A recente recuperação das pastagens e a expectativa de preços altos para o gado estão motivando os pecuaristas a planejar uma reconstrução cautelosa de seus rebanhos.
Donnie King, CEO da Tyson Foods, afirmou que a disponibilidade de gado deve melhorar nos próximos anos, o que traz esperança tanto para os consumidores, que enfrentam preços elevados para a carne bovina, quanto para os frigoríficos, que têm enfrentado prejuízos devido aos altos custos de aquisição de gado. No entanto, a retenção de novilhas para reprodução pode resultar em uma diminuição temporária na produção de carne bovina, o que pode elevar ainda mais os preços antes que haja uma queda.
Os pecuaristas estão cientes de que a recuperação da produção de carne bovina pode levar cerca de dois anos, mas a melhora nas condições climáticas e o aumento da demanda por carne bovina podem influenciar o mercado nos próximos anos.