Uma pecuarista de Santa Helena de Goiás foi indiciada pela morte de 112 cabeças de gado devido à desnutrição crônica e pelo abandono de mais de 200 animais. O delegado Luziano Carvalho, responsável pelo caso, revelou que a investigação começou após denúncias da Agrodefesa, que apontaram para condições extremamente cruéis na propriedade, onde os animais estavam sem alimentação adequada e em uma área degradada. A fazenda, que possui 70 alqueires, tinha apenas 30 disponíveis para o gado, enquanto o restante estava alugado para cultivo de soja e milho.
Durante a operação realizada no dia 21 de julho, a Polícia Civil encontrou 80 animais mortos e constatou que os restantes estavam em situação crítica, sendo alimentados com palhas de milho, insuficientes para suas necessidades nutricionais. O caseiro da propriedade, responsável pelos cuidados dos animais, alegou que não havia comida suficiente para todos. Além das acusações criminais, a pecuarista enfrentará uma multa de R$ 250 mil, refletindo a seriedade dos crimes cometidos.
Este caso levanta questões importantes sobre a proteção dos direitos dos animais e a responsabilidade dos proprietários rurais em garantir condições adequadas para o manejo. A pena prevista para os crimes é de um ano cada um, o que pode gerar um debate sobre a eficácia das punições em casos de maus-tratos a animais. A atuação da Polícia Civil, da Agrodefesa e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente é fundamental para prevenir situações semelhantes no futuro.