O Ministério Público Estadual de São Paulo informou que integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) se infiltraram no setor de produção de cana-de-açúcar, ameaçando empresários para controlar seus negócios. Na manhã de 28 de agosto de 2025, uma força-tarefa composta por 1.400 agentes deu início a uma megaoperação para cumprir mandados de busca, apreensão e prisão relacionados a um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis, abrangendo oito estados brasileiros.
Os promotores relataram que proprietários de postos de gasolina foram coagidos a vender seus estabelecimentos sem receber os valores acordados e enfrentaram ameaças de morte caso tentassem cobrar ou denunciassem as práticas. Fazendeiros e donos de usinas também estavam sob pressão para vender suas propriedades ao PCC, com indícios de incêndios criminosos utilizados como forma de intimidação. As transações eram frequentemente realizadas em dinheiro vivo e com valores subfaturados.
As investigações revelaram mais de 350 alvos na operação Carbono Oculto, suspeitos de crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro. Simultaneamente, a Polícia Federal lançou operações para combater o crime organizado na cadeia produtiva de combustíveis, visando desarticular esquemas financeiros ilícitos que movimentaram bilhões. A Justiça Federal autorizou o sequestro de bens e valores relacionados a essas atividades criminosas.