Eliaquens de Sousa dos Santos, conhecido como ‘Patrão do Crime’, foi condenado a seis anos e nove meses de prisão pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) por lavagem de dinheiro. Considerado o maior fraudador de bancos nos estados do Pará, Goiás e no Distrito Federal, Eliaquens já acumulava 55 condenações anteriores pelo mesmo delito. A condenação se deu pela ocultação da propriedade de imóveis adquiridos com valores provenientes de infrações penais, sendo que ele e sua companheira foram presos em um dos imóveis que, embora registrado em nome de um laranja, era, na verdade, de sua propriedade.
A sentença, publicada nesta segunda-feira (18/8), ressalta que a posse do imóvel era efetivamente exercida por Eliaquens e sua companheira, evidenciando um ato de ocultação e dissimulação de capitais. As investigações revelaram que a organização criminosa liderada por ele causou prejuízos estimados em R$ 300 milhões na última década, utilizando métodos sofisticados para fraudar instituições bancárias. O esquema incluía a divisão dos lucros entre os integrantes da organização e um programador contratado para realizar invasões hacker.
As implicações dessa condenação são significativas, não apenas para Eliaquens, mas também para o combate à criminalidade organizada no Brasil. A atuação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na prisão e investigação da organização criminosa demonstra um esforço contínuo para desmantelar redes de fraudes bancárias. A condenação pode servir como um alerta para outros envolvidos em atividades ilícitas e reforçar a importância da vigilância contra crimes financeiros.