Um pastor da Assembleia de Deus em Mojuí dos Campos, no Pará, foi identificado como um dos principais articuladores de um esquema de grilagem de terras na gleba Pacoval, que abrange os municípios de Prainha, Uruará e Santarém. Murilo Dias Pereira, conhecido como Pastor Murilo, preside uma associação rural que, segundo investigações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), serve como fachada para legitimar invasões de terras públicas. Em resposta a essa situação, a Justiça determinou a reintegração de posse da área, após um pedido urgente do Ministério Público Federal (MPF). A decisão, proferida em 12 de agosto, estabelece um prazo de 30 dias para a retirada dos invasores e impõe multas para quem tentar obstruir o cumprimento da ordem judicial. O MPF alerta que a ocupação ilegal não apenas ameaça o meio ambiente, mas também coloca em risco a segurança dos beneficiários da reforma agrária. As investigações revelam um cenário alarmante de violência e conflitos fundiários na região, exigindo uma intervenção judicial rápida para garantir a paz social e proteger os direitos humanos dos assentados.