Jovens paranaenses, como Antônio Hashitani e Murilo Lopes Santos, se voluntariaram para lutar na guerra da Ucrânia, motivados por ideais patrióticos e a busca por um propósito. Quatro deles estão mortos ou desaparecidos, enquanto Lucas Felype Vieira conseguiu fugir do conflito. A psicóloga Adriana Schiavone explica que muitos desses jovens se sentem vazios e buscam um sentido na vida através da guerra, além de serem atraídos por promessas de reconhecimento e ganhos financeiros.
A coordenadora da comunidade ucraniana no Brasil, Deborah Sedor, destaca que a maioria dos voluntários não tem ascendência ucraniana e é influenciada por amigos engajados na luta. Julia Regina Bertoldi, do Comitê Humanitas Brasil-Ucrânia, acrescenta que muitos jovens veem na guerra uma chance de realizar sonhos militares que não puderam concretizar no Brasil. O comitê oferece apoio psicológico a combatentes e suas famílias, que enfrentam dificuldades emocionais após a experiência traumática da guerra.
As histórias desses jovens revelam a complexidade das motivações que os levam a se alistar em um conflito tão devastador. Enquanto alguns buscam um ideal de heroísmo, a realidade da guerra é brutal e deixa marcas profundas em quem sobrevive. O impacto emocional nas famílias dos combatentes mortos ou desaparecidos é significativo, complicando ainda mais o processo de luto e recuperação.