Lucas Felype Vieira Bueno, um jovem paranaense de 20 anos, fugiu da Ucrânia após receber ordens para se deslocar para a linha de frente do conflito. Ele havia se voluntariado para atuar no combate com drones, mas se viu preso a um contrato que exigia uma permanência mínima de seis meses, o que o deixou em uma situação insustentável. Na madrugada da última terça-feira (12), Lucas deixou sua base militar e iniciou uma jornada de cinco dias até conseguir cruzar a fronteira.
Natural de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, Lucas relatou que sua travessia foi marcada por incertezas e desafios. Ele percorreu mais de mil quilômetros, passando por cidades como Kharkiv, Kiev e Lviv, enfrentando dificuldades para atravessar a fronteira. Após conseguir sair da Ucrânia, recebeu um visto de turismo e agora pondera se deve retornar ao Brasil ou permanecer na Europa, enquanto aguarda uma resposta do Itamaraty sobre sua situação.
O especialista em Direito Internacional, Pablo Sukiennik, alertou que Lucas poderá enfrentar consequências legais por deserção devido ao contrato assinado com o governo ucraniano. A guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, continua a provocar crises humanitárias e tensões geopolíticas, com a Ucrânia recebendo apoio internacional e a Rússia enfrentando sanções econômicas severas. O futuro do jovem paranaense permanece incerto, mas ele expressou alívio por ter conseguido escapar de uma situação potencialmente fatal.
