A paralisação das atividades do campo de Peregrino, localizado na Bacia de Campos, foi determinada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) após uma inspeção que identificou falhas de segurança. Essa interrupção acendeu o alerta entre prefeitos de municípios do Rio de Janeiro, que dependem dos royalties gerados pela produção de petróleo. No último trimestre, o campo arrecadou R$ 16,2 milhões, com Parati sendo a mais afetada, perdendo R$ 4,3 milhões em repasses.
Com a produção paralisada, prefeituras como Cabo Frio e Macaé também enfrentam perdas significativas, o que levou algumas delas a adotar medidas de contenção de gastos. A ANP identificou situações de risco grave na plataforma FPSO Peregrino, que opera com quatro unidades e produz cerca de 100 mil barris de petróleo por dia. A PRIO, que assumirá o controle do campo em um negócio avaliado em US$ 3,35 bilhões, deve enfrentar um desafio adicional com a necessidade de melhorias exigidas pela ANP.
As implicações financeiras da paralisação são preocupantes para os municípios que dependem desses recursos para suas operações. A interrupção pode durar entre três a seis semanas, e a situação destaca a vulnerabilidade econômica das cidades dependentes da indústria petrolífera. Além disso, a mudança de controle da Equinor para a PRIO traz incertezas sobre o futuro da operação e a estabilidade financeira das prefeituras afetadas.