Na última quinta-feira (21), os atendimentos em anestesiologia foram suspensos na Maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia, devido a uma paralisação da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Goiás (Coopanest-GO). A decisão foi motivada por uma dívida acumulada de R$ 1,4 milhão com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc), que não foi quitada desde setembro de 2024. Os profissionais mantiveram os serviços por quase um ano, mas a falta de proposta de pagamento levou à interrupção dos partos normais e cesarianas.
Com a saída dos anestesiologistas, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que está reorganizando os fluxos de atendimento para minimizar os impactos à população. Gestantes em situações não emergenciais estão sendo redirecionadas para outras unidades, como o Hospital e Maternidade Dona Iris e o Hospital das Clínicas da UFG. Essa não é a primeira interrupção; em julho, a Coopanest-GO já havia paralisado atendimentos em outra maternidade municipal devido a problemas semelhantes.
A crise na gestão das maternidades municipais se agrava, com o prefeito Sandro Mabel já tendo determinado a substituição da Fundahc por organizações sociais de saúde. A fundação responsabiliza a Prefeitura pela situação e afirma que busca minimizar os prejuízos à população. Enquanto isso, gestantes enfrentam incertezas e deslocamentos para outras unidades, aumentando a pressão sobre hospitais que já operam com alta demanda.