O estado do Pará é um dos protagonistas na IV Marcha das Mulheres Indígenas e na Conferência Nacional, que ocorre até esta sexta-feira (8) em Brasília. Com uma delegação de mais de 700 mulheres de diversas etnias, o Pará representa uma das maiores forças do bioma Amazônia, unindo vozes para defender a floresta, o meio ambiente e os direitos dos povos originários.
As representantes das oito etnorregiões indígenas do estado trazem pautas que conectam a agenda climática global às realidades locais, incluindo a demarcação de territórios, proteção da biodiversidade, justiça climática, saúde e educação. Puyr Tembé, secretária de Estado dos Povos Indígenas do Pará, destacou a importância da presença feminina na luta por direitos e na proteção da Amazônia, afirmando que "proteger a Amazônia é proteger a vida".
Com o lema "Mulheres Biomas: Rumo à Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas", a Marcha promove uma série de debates, oficinas e um ato público no dia 7 de agosto, reunindo mulheres de todos os biomas brasileiros. A participação da delegação paraense é organizada pela Secretaria dos Povos Indígenas do Pará (Sepi) e conta com o apoio de diversas instituições, visando ampliar a presença feminina na formulação de políticas públicas e na defesa dos territórios.
A programação inclui atividades que vão desde a apresentação das delegações por biomas até oficinas temáticas sobre direitos e cultura indígena. A participação ativa das mulheres paraenses é vista como um passo crucial para garantir um futuro sustentável e a valorização dos saberes tradicionais, conforme ressaltou Nira Kayapó, uma das representantes presentes no evento.