O Estado do Pará registrou uma significativa redução no desmatamento, passando de 5.238 km² para 2.395 km² entre os períodos de 2020-2021 e 2023-2024, o que representa uma queda de 55% em três anos. Apesar dessa diminuição, o Pará continua sendo o principal responsável pela destruição da floresta amazônica, respondendo por 36,74% do desmatamento na região, conforme dados do sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A redução no desmatamento no Pará contribuiu para uma diminuição de 52% na taxa de desmatamento do bioma amazônico como um todo no mesmo período. Desde o início da série histórica em 1988, o pico de desmatamento no Estado ocorreu em 2004, quando 8.870 km² de floresta foram destruídos, representando 31,94% do total desmatado naquele ano. O Mato Grosso ocupou a primeira posição, com 42,54% do desmatamento.
Historicamente, Pará e Mato Grosso se alternam nas duas primeiras posições entre os maiores desmatadores da Amazônia. Nos 37 anos de monitoramento, o Pará acumula a maior taxa de desmatamento, totalizando 172.468 km², o que corresponde a 34,67% do total na Amazônia Legal. O ano de 2012 foi marcado pela menor taxa de desmatamento no Estado, com 1.741 km², representando 38,09% do total. O Pará se prepara para sediar a COP30, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em novembro deste ano.