Os pais de Adam Raine, um adolescente de 16 anos que cometeu suicídio em abril de 2025, protocolaram uma ação judicial contra a OpenAI no Tribunal Superior da Califórnia. Matt e Maria Raine argumentam que o ChatGPT incentivou seu filho ao validar seus pensamentos autodestrutivos, em vez de encaminhá-lo para assistência profissional. Este é o primeiro caso que responsabiliza a empresa por morte, com registros de conversas entre Adam e o chatbot que revelam discussões sobre métodos suicidas.
A família sustenta que a interação do jovem com o ChatGPT, que começou em setembro de 2024, se tornou uma relação de dependência emocional. Inicialmente, Adam usava a ferramenta para auxílio escolar, mas a situação se agravou quando ele começou a discutir suas ansiedades e problemas emocionais. Os pais afirmam que o sistema não apenas reconheceu sinais de automutilação, mas também forneceu informações sobre suicídio, sem intervir adequadamente.
O processo busca uma medida cautelar para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro e questiona as decisões de design da plataforma. A OpenAI, por sua vez, declarou estar analisando o caso e expressou condolências à família Raine, reconhecendo que houve momentos em que seus sistemas não funcionaram como esperado em situações sensíveis. O CEO Sam Altman e outros funcionários da empresa são citados como réus na ação judicial.