O pai da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, tem ido diariamente à Delegacia de Polícia em Ilha Solteira (SP) desde o desaparecimento da filha, ocorrido em 12 de junho, após uma prova na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Gerson Romualdo Alves clama por justiça e pela localização do corpo, afirmando que a família precisa realizar um velório digno. Os principais suspeitos do caso são o namorado da vítima, Marcos Yuri Amorim, e o policial militar ambiental Roberto Carlos Oliveira, ambos presos temporariamente e acusados de feminicídio.
A investigação revelou que Marcos confessou ter matado Carmen no sítio onde reside, mas atribuiu a autoria do crime a Roberto Carlos. O delegado Miguel Rocha informou que vestígios de sangue foram encontrados no local, corroborando as versões dos suspeitos sobre a ocultação do corpo. A polícia também encontrou uma pasta deletada no computador da vítima, que continha indícios de crimes cometidos por Marcos, sugerindo que a motivação do homicídio pode estar relacionada a uma discussão sobre o relacionamento deles.
Com a reconstituição do crime marcada para esta quinta-feira (20), as autoridades buscam esclarecer os detalhes do caso e determinar a responsabilidade dos envolvidos. Gerson Alves expressa sua angústia e determinação em não deixar a memória da filha ser esquecida, enquanto a comunidade aguarda respostas sobre o trágico destino de Carmen e as implicações legais para os suspeitos.