O padre Luiz Augusto Ferreira da Silva firmou um acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) para devolver R$ 1,4 milhão, valor referente a salários recebidos enquanto ocupava um cargo fantasma na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O pagamento será realizado em 48 parcelas, além de uma multa civil de R$ 46,5 mil, que será paga em 10 vezes. O MP classificou a situação como 'enriquecimento ilícito' ao longo de quase 20 anos.
O acordo, que foi assinado em julho, ganhou destaque recentemente após ser divulgado pelo jornal O Popular. A ação civil de improbidade administrativa contra o padre teve início em 2015, e ele chegou a afirmar que não conseguiria devolver o valor recebido. O Acordo de Não Persecução Cível (ANPC) firmado com o MP encerra outros processos relacionados ao religioso, que atualmente é pároco na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia.
Além de Luiz Augusto, mais de dez pessoas estão envolvidas no processo, incluindo o ex-chefe do padre e o Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Sindisleg), que também concordaram em ressarcir valores aos cofres públicos. Até o momento, apenas um dos réus não chegou a um acordo para reparação de danos, e os valores de devolução variam entre R$ 34 mil e R$ 355 mil. A paróquia onde o padre atua não se pronunciou sobre o caso.