Um padre foi condenado a 26 anos e oito meses de prisão por cometer ao menos dez estupros contra um coroinha em Penápolis, São Paulo. A sentença foi proferida pelo juiz Vinicius Gonçalves Porto Nascimento na última sexta-feira, dia 22, e os abusos ocorreram entre 2009 e 2014, quando a vítima tinha apenas 13 anos. O sacerdote, que atualmente responde em liberdade, nega as acusações e afirma ter sido um padre carinhoso na comunidade.
Os abusos começaram após a vítima mudar-se da zona rural para a área urbana de Penápolis e passar a frequentar a Paróquia Sagrada Família, onde começou a atuar como coroinha. Durante os trajetos até as missas, o padre abusava do adolescente, tocando suas partes íntimas e dando beijos em seu pescoço. A vítima não denunciou os crimes na época devido à sua visão do padre como uma figura divina, revelando os abusos apenas após completar a maioridade.
A denúncia às autoridades ocorreu no ano passado, após a vítima demonstrar comportamentos agressivos em casa. A Igreja Católica informou que deve divulgar uma nota oficial sobre o caso e confirmou que o padre está afastado de suas funções, residindo atualmente em Lins, mas ainda mantendo seu status clerical. A situação levanta questões sobre a proteção de menores nas instituições religiosas e a responsabilidade da Igreja em casos de abuso.