O contrato mais líquido do ouro registrou uma alta de 1,57% nesta sexta-feira, 1º de agosto, encerrando o dia a US$ 3.373,20 por onça-troy na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York. O aumento ocorreu após a divulgação do relatório de emprego (payroll) de julho, que mostrou a criação de empregos abaixo das expectativas e revisões significativas para baixo nos dados de maio e junho, além da forte queda nos juros dos Treasuries e do dólar.
Na análise do ING, o desempenho fraco do payroll indica uma desaceleração mais precoce do mercado de trabalho americano, o que pode intensificar a pressão sobre o presidente dos EUA, Donald Trump, para que o Federal Reserve (Fed) adote uma política monetária mais flexível. As chances de um corte de juros pelo banco central em setembro foram elevadas para 82,8%, com um corte acumulado de 75 pontos-base até dezembro sendo considerado o cenário mais provável.
O Commerzbank também prevê que os preços do ouro possam continuar a subir, especialmente se os próximos dados econômicos dos EUA forem fracos. O banco destaca que a demanda por ouro como ativo seguro aumentou no segundo trimestre de 2025, conforme relatado pelo Conselho Mundial do Ouro. Além disso, na quinta-feira, Trump assinou uma ordem executiva que impõe tarifas de importação sobre produtos de 69 parceiros comerciais, o que também contribuiu para a valorização do metal dourado.