Órgãos públicos federais desembolsam anualmente R$ 3,7 milhões para manter salas VIP no Aeroporto de Brasília, destinadas a servidores. Essas áreas, que oferecem serviços como ‘fast pass’ para agilizar o embarque, são utilizadas por um número restrito de funcionários antes e após os voos. A Inframerica, concessionária do aeroporto, não comenta os contratos relacionados a esses espaços.
O levantamento realizado pelo g1, com base no Portal da Transparência, revela que instituições como o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF) possuem salas VIP com custos variados. O Senado, por exemplo, paga R$ 379.650,92 por uma sala de 20 m², enquanto o STF desembolsa R$ 420.000 por uma sala de 50 m² que inclui o serviço ‘fast pass’.
A construção de uma nova sala VIP para o Tribunal Superior do Trabalho (TST), prevista para custar R$ 1,5 milhão, levanta questões sobre a legalidade e a eficiência desses gastos públicos. Especialistas em direito administrativo sugerem que é necessário avaliar se as obras atendem aos princípios da administração pública e se a utilização dessas salas é realmente justificada, considerando a existência de outras opções no aeroporto.