A oposição no Congresso Nacional sofreu uma derrota significativa na formação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), ao não conseguir emplacar representantes bolsonaristas nos cargos estratégicos do colegiado. O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi escolhido para presidir a Comissão, sendo considerado um aliado do presidente Lula (PT), enquanto o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO) assumiu a relatoria, embora não seja um forte apoiador do governo.
A CPMI será composta por 30 parlamentares, divididos igualmente entre 15 senadores e 15 deputados. Do lado governista, destacam-se nomes como o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). A oposição, por sua vez, escalou senadores como Ciro Nogueira (PP-PI) e Damares Alves (Republicanos-DF), formando uma linha de frente combativa. A expectativa inicial da oposição era usar a CPMI como um instrumento para desgastar o governo, associando-o a denúncias de corrupção.
A disputa pelos cargos de comando da CPMI reflete o atual momento político no Congresso Nacional, onde a base governista conseguiu articular apoios importantes para manter o controle das investigações sobre as supostas irregularidades no INSS. Essa configuração pode ter implicações significativas para a dinâmica política e para as estratégias da oposição nos próximos meses.