A oposição no Congresso Nacional intensificou os protestos contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), antecipou seu retorno a Brasília e cancelou uma agenda em Fortaleza, marcada para esta quarta-feira (6), em resposta à obstrução promovida por deputados opositores.
Na terça-feira (5), Motta havia participado de inaugurações de hospitais na Paraíba antes de decidir voltar à capital federal. Durante sua ausência, presidentes de partidos de centro-direita, como Valdemar Costa Neto (PL), Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (Progressistas), se reuniram para articular uma resposta à situação, unindo forças para obstruir os trabalhos legislativos.
Os líderes partidários concordaram em mobilizar suas bancadas para a paralisação das atividades no Congresso, com o objetivo de pressionar por uma reunião conjunta com os presidentes da Câmara e do Senado. A estratégia inclui a ocupação das mesas diretoras, com deputados e senadores fazendo rodízio a cada três horas, em um esforço para manter a obstrução por tempo indeterminado. Essa ação é parte de uma crescente mobilização em defesa de Bolsonaro, que inclui pressão sobre outras siglas para se unirem à causa.