Deputados da oposição decidiram continuar a ocupação do Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi mantida após uma reunião com o presidente da Casa, Hugo Motta, na noite de quarta-feira (06), que foi considerada improdutiva pelo deputado Zucco.
Durante seu discurso, Zucco afirmou que o grupo permanecerá no local até que haja uma definição sobre as pautas defendidas, destacando a necessidade de justiça e democracia no país. Ele também exigiu que o Congresso vote a proposta de anistia para os investigados pelos atos de 8 de janeiro, afirmando que a ocupação só será encerrada após a pauta ser discutida.
Mais cedo, o Colégio de Líderes se reuniu e decidiu retomar as sessões presenciais, com uma sessão marcada para às 20h30. No entanto, após mais de uma hora e meia, a sessão ainda não havia iniciado. O líder do PT, Lindbergh Farias, criticou a ocupação, chamando-a de chantagem e defendendo a normalização das atividades parlamentares.
A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara alertou que ações que impeçam o funcionamento das atividades legislativas podem resultar em punições, incluindo a abertura de processo no Conselho de Ética, com possibilidade de suspensão do mandato por até seis meses por quebra de decoro parlamentar.