O governo federal brasileiro sofreu uma derrota política na quarta-feira, 20 de agosto de 2025, ao não conseguir eleger o senador Omar Aziz, do PSD, para presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga descontos ilegais no INSS. A votação simbólica foi barrada por partidos de oposição, que optaram pela eleição do senador Carlos Viana, do Podemos. Para a relatoria, Viana indicou o deputado Alfredo Gaspar, do União, alinhado ao ex-presidente Bolsonaro.
A CPMI tem previsão de duração de 180 dias e surge em um contexto de crescente pressão sobre o governo Lula, que enfrenta críticas relacionadas à gestão do INSS e à transparência nas contas públicas. A escolha de Viana e Gaspar reflete uma estratégia da oposição para investigar e potencialmente expor irregularidades, o que pode gerar desdobramentos significativos nas relações entre os partidos no Congresso.
As implicações dessa CPMI são amplas, podendo afetar a credibilidade do governo e sua capacidade de governar em um ambiente já polarizado. A investigação sobre os descontos ilegais no INSS poderá trazer à tona questões mais amplas sobre a gestão pública e a responsabilidade fiscal, além de intensificar o debate político em um ano eleitoral.