Em 20 de agosto de 2025, a oposição no Congresso Nacional elegeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará descontos irregulares em benefícios do INSS. A eleição foi marcada por uma disputa acirrada, onde Viana derrotou o candidato Omar Aziz (PSD-AM), indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, por 17 votos a 14, surpreendendo muitos que o consideravam favorito para a presidência da comissão. Viana afirmou que atuará com “responsabilidade e independência” na CPMI, enquanto Gaspar, que já foi relator de um pedido de suspensão de processo contra um deputado, terá a tarefa de elaborar o relatório final sobre as fraudes.
A CPMI investigará um esquema que resultou em descontos ilegais nos contracheques de 3,2 milhões de aposentados e pensionistas entre março de 2020 e março de 2025. A Polícia Federal revelou que as entidades envolvidas foram criadas como empresas de fachada para cometer fraudes utilizando “laranjas”. Até o momento, oito pessoas foram presas, e um acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal está permitindo a devolução dos valores descontados indevidamente. Beneficiários têm até 14 de novembro para formalizar contestações junto à Previdência Social e garantir a devolução dos valores.
A expectativa é que até 99% dos beneficiários que aderiram ao acordo recebam os valores descontados até o dia 18 de agosto. A atuação da nova liderança da CPMI será crucial para esclarecer as irregularidades e assegurar que os responsáveis sejam punidos, além de garantir a proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas afetados por esse esquema fraudulento.