A instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS marca um novo desafio para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a oposição no comando, liderada pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), as investigações prometem se transformar em uma nova ‘CPI da Covid’, relembrando a comissão de 2021 que expôs falhas do governo Bolsonaro durante a pandemia. A CPMI focará em denúncias de fraudes bilionárias no sistema previdenciário, convocando ex-ministros e atuais autoridades, incluindo membros do governo Lula.
A oposição busca explorar as fraudes no INSS para desgastar a imagem do governo, especialmente em um tema sensível como a proteção social dos aposentados. A escolha de Carlos Viana como presidente da CPMI é simbólica, uma vez que ele supera Omar Aziz, que presidiu a CPI da Covid e se tornou um crítico feroz do governo anterior. Com mais de 400 requerimentos já protocolados, a oposição planeja dar início rápido às convocações e quebras de sigilo, criando um ritmo intenso nas investigações.
Os especialistas alertam que a CPMI do INSS pode expor falhas administrativas e corrupção em um setor vital para a população idosa, semelhante ao impacto da CPI da Covid sobre Bolsonaro. Com previsão de funcionamento por seis meses, a comissão tem potencial para se tornar um dos principais palcos de enfrentamento político até 2026, desafiando o governo a retomar o controle do debate público diante da pressão oposicionista.