O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal na noite de quarta-feira (20), e seus aliados temem uma condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento que começará em 2 de setembro. A investigação envolve a atuação de seu filho, Eduardo Bolsonaro, nos Estados Unidos, onde ele é acusado de tentar obter apoio estrangeiro para interromper o processo judicial contra seu pai, configurando uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera que as ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA se conectam com a investigação sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Para a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), essa apuração representa um “golpe continuado”, enquanto a oposição acredita que a condenação de Bolsonaro é uma certeza. O indiciamento também surpreendeu ao incluir o pastor Silas Malafaia, apontado como participante nas tentativas de intimidar autoridades brasileiras.
Diante desse cenário, a oposição pressiona por uma anistia ampla para os presos pelos eventos de 8 de janeiro, embora essa proposta não tenha avançado no Congresso. A expectativa é que a luta política continue acirrada, com a oposição insistindo na pauta da anistia, mesmo sem apoio político suficiente. O governo, por sua vez, acredita que não há clima para discutir essas propostas enquanto o julgamento de Bolsonaro se aproxima.