A Operação Carbono Oculto, deflagrada na manhã de 28 de setembro, representa a maior ação do Brasil contra a infiltração do crime organizado na economia formal. Com 1.400 agentes envolvidos, a operação foca no setor de combustíveis e instituições financeiras localizadas na avenida Faria Lima, em São Paulo, cumprindo 200 mandados de busca e apreensão contra 350 alvos em dez estados do país.
As investigações indicam que a organização criminosa, ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), pode ter movimentado R$ 52 bilhões por meio de 40 fundos de investimentos, levando à indisponibilidade de diversas empresas, incluindo usinas de álcool e redes de postos de gasolina. A principal instituição investigada é o BK Bank, que registrou R$ 17,7 bilhões em movimentações financeiras suspeitas, com 80% relacionadas ao PCC.
As implicações da operação são vastas, com autoridades suspeitando de vazamentos que permitiram que alguns alvos abandonassem suas residências antes da chegada da polícia. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, defendeu a aprovação da PEC da Segurança, que visa facilitar a cooperação entre as forças de segurança do país, destacando a importância da coordenação nas operações contra o crime organizado.


