Dez empresas localizadas em Senador Canedo, Goiás, foram alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Carbono Oculto, realizada na quinta-feira (28) pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A operação investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro vinculado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua no setor de combustíveis.
Segundo o MP-SP, a ação visa desarticular fraudes e lavagem de dinheiro, com a expectativa de que a organização criminosa tenha arrecadado mais de R$ 8 bilhões. Durante a coletiva de imprensa, o promotor João Paulo destacou que o grupo investigado operava redes de combustíveis em São Paulo e Goiás, colaborando com práticas ilegais para o PCC. A operação é considerada uma das maiores contra o crime organizado no Brasil, envolvendo diversas instituições e agentes de segurança.
Além dos mandados cumpridos em Goiás, a operação abrangeu outros estados brasileiros, como São Paulo, Espírito Santo e Paraná. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) também solicitou judicialmente o bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos. As investigações revelaram que a organização não apenas lavava dinheiro, mas também adulterava combustíveis, utilizando metanol importado para fins ilícitos.

