A Justiça de São Paulo identificou 19 postos de combustíveis como parte de um esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) durante a Operação Carbono Oculto. Esta operação, considerada a maior ofensiva contra a estrutura financeira do PCC, envolve a Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal, revelando um suposto uso de empresas de fachada e adulteração de produtos no setor de combustíveis. Os postos estão localizados em São Paulo e Goiás, sendo que sete deles pertencem a Armando Hussein Ali Mourad, irmão de um dos principais alvos da investigação.
As investigações indicam que o PCC operava uma rede com mais de mil postos para lavar dinheiro, utilizando tanto recebimentos em espécie quanto por meio de maquininhas. Além da lavagem de dinheiro, o esquema também envolvia fraudes como a adulteração de combustíveis com metanol, sendo o Auto Posto Bixiga um dos locais citados como destino desse produto. A Justiça aponta que essa rede funcionava como suporte financeiro e logístico ao PCC, facilitando a movimentação de grandes volumes de recursos provenientes do tráfico de drogas e outras atividades ilegais.
As implicações dessa operação são significativas, pois expõem a complexidade da lavagem de dinheiro no Brasil e a necessidade de ações mais contundentes contra o crime organizado. O envolvimento de empresas legítimas em atividades ilícitas destaca a urgência em fortalecer a fiscalização e as investigações nesse setor. A Operação Carbono Oculto pode ser um marco na luta contra o PCC e suas operações financeiras.