A ONU confirmou a existência de fome generalizada na Cidade de Gaza, com um relatório do IPC indicando que a situação pode se espalhar para outras áreas em duas semanas. Mais de 500 mil pessoas enfrentam condições extremas, resultado de 22 meses de guerra e severas restrições israelenses à ajuda humanitária. O IPC descreve a situação como a pior deterioração desde o início do monitoramento em 2023, alertando que sem uma ação imediata, as mortes evitáveis aumentarão exponencialmente.
O relatório destaca que um terço da população da Faixa de Gaza pode estar em condições de fome até setembro, com a situação se agravando em Deir al-Balah e Khan Younis. A ofensiva militar israelense para controlar a Cidade de Gaza está em andamento, resultando no deslocamento em massa de residentes. A ONU e os palestinos afirmam que a ajuda humanitária que chega é insuficiente para atender às necessidades emergenciais da população.
Israel, por sua vez, nega as alegações de fome, classificando-as como mentiras do Hamas e afirmando que tem tomado medidas para aumentar a entrada de ajuda. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu contestou o relatório do IPC, enquanto a agência militar israelense COGAT rejeitou suas conclusões como tendenciosas. A situação crítica na região levanta preocupações sobre a necessidade urgente de uma resposta internacional eficaz para evitar uma catástrofe humanitária maior.