A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, nesta sexta-feira (22), que a Faixa de Gaza enfrenta uma fome generalizada, a primeira do tipo no Oriente Médio. A crise foi identificada na Cidade de Gaza, a maior do território palestino, onde centenas de milhares de pessoas estão em risco, e pode se expandir para Deir al-Balah e Khan Younis se a situação atual não mudar. A determinação da ONU surge após meses de alertas sobre as restrições impostas por Israel à entrada de alimentos e suprimentos, agravadas pela ofensiva militar em curso desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
A ONU destaca que a fome em Gaza é resultado das severas limitações à ajuda humanitária e à distribuição desigual de alimentos, o que tem afetado especialmente crianças. O governo israelense, por sua vez, anunciou a intensificação da operação militar na Cidade de Gaza, com planos de capturar totalmente o território palestino. Essa escalada militar coincide com um aumento da pressão internacional sobre Israel, que enfrenta críticas por suas ações e pela morte de civis durante os conflitos.
As implicações dessa crise humanitária são profundas, com mais de um milhão de palestinos deslocados e vivendo em condições precárias. Enquanto mediadores como Egito e Catar tentam negociar um cessar-fogo, Israel mantém sua posição rígida, exigindo a libertação total dos reféns antes de considerar qualquer trégua. A situação em Gaza continua a se deteriorar, levantando preocupações sobre um possível colapso humanitário na região.