A ONU declarou nesta sexta-feira que a Cidade de Gaza está enfrentando uma fome generalizada, com a situação se deteriorando rapidamente sem um cessar-fogo e a suspensão das restrições à ajuda humanitária. A Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) informou que a fome já afeta centenas de milhares de palestinos e pode se espalhar para áreas adjacentes, como Deir al-Balah e Khan Younis, até o final do próximo mês. Este é um marco alarmante, sendo a primeira vez que a IPC confirma uma situação de fome no Oriente Médio, o que deve aumentar a pressão internacional sobre Israel, que está em meio a uma guerra brutal contra o Hamas desde o ataque do grupo em 7 de outubro de 2023.
Israel anunciou que está nos “primeiros estágios” da tomada da Cidade de Gaza, com operações militares que incluem bombardeios intensos e o envio de mais reservistas. O governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, planeja uma ofensiva total para capturar a cidade e derrotar o Hamas, apesar das críticas internacionais e da oposição interna. A situação humanitária se agrava à medida que Israel restringe a entrada de ajuda humanitária e distribui alimentos de forma desigual, enquanto os mediadores Egito e Catar tentam negociar um cessar-fogo.
A intensificação das hostilidades e as restrições à ajuda humanitária levantam preocupações sobre um aumento significativo na fome entre os civis palestinos, especialmente crianças. Com mais de um milhão de palestinos deslocados e vivendo em condições precárias, especialistas alertam que a crise alimentar pode se tornar insustentável. A resposta de Israel às propostas de cessar-fogo e a libertação de reféns permanece incerta, aumentando as tensões na região e as preocupações sobre a escalada do conflito.