As ações da Oncoclínicas (ONCO3) registraram uma alta de 8% nesta quarta-feira, 27 de agosto de 2025, após a empresa anunciar a venda de 84% de sua participação no Complexo Hospitalar Uberlândia (UMC). O desinvestimento, que segue a venda do Hospital Marcos Moraes para a Hapvida, é parte da estratégia da companhia para reduzir sua alavancagem financeira e concentrar-se em seu core business. Às 11h33, os papéis da Oncoclínicas estavam cotados a R$ 3,11.
O Goldman Sachs avaliou que a transação tem mérito estratégico, interpretando-a como um passo importante para um balanço mais enxuto. O valor do ativo foi estimado em R$ 160 milhões, o que deve trazer alívio ao balanço da companhia, além de reduzir sua exposição a operadoras de saúde que exigem maior capital de giro. O Bradesco BBI também considerou a venda positiva, destacando que o UMC representava cerca de 8% do valor de mercado da Oncoclínicas, mas operava com baixa rentabilidade.
Com a venda do UMC, a Oncoclínicas deve ver uma redução na sua alavancagem, que pode cair para cerca de 7 vezes a relação dívida líquida/EBITDA. A transação não apenas elimina a queima de caixa das operações não essenciais, mas também mantém a companhia focada em sua plataforma principal de oncologia. Os analistas acreditam que novas vendas de ativos não estratégicos podem ser benéficas para a saúde financeira da empresa no futuro.