Na última terça-feira, 26 de agosto de 2025, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgaram um relatório alarmante sobre o acesso à água potável e saneamento. O estudo revela que cerca de 2,1 bilhões de pessoas ainda vivem sem esses serviços essenciais, com a desigualdade no acesso sendo mais acentuada em países de baixa renda e entre minorias étnicas.
O relatório aponta que 106 milhões de pessoas consomem água diretamente de fontes superficiais sem tratamento, enquanto 3,4 bilhões não têm acesso a saneamento seguro. A situação é crítica para a dignidade menstrual, com muitas mulheres em 70 países sem absorventes adequados, o que impacta negativamente a frequência escolar de adolescentes. A OMS enfatiza que água, saneamento e higiene são direitos humanos básicos e pede ações imediatas para atender as comunidades mais marginalizadas.
Sem mudanças urgentes, as metas estabelecidas para 2030 se tornam inalcançáveis, deixando bilhões de pessoas excluídas de direitos elementares. A diretora do Unicef, Cecilia Scharp, ressalta que as desigualdades são especialmente severas para meninas, que enfrentam desafios adicionais na coleta de água e durante a menstruação. O relatório serve como um chamado à ação para governos e organizações internacionais.