A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório em 11 de agosto que alerta sobre os riscos do castigo corporal à saúde infantil. Segundo a pesquisa, cerca de 1,2 bilhão de crianças são submetidas a punições físicas anualmente, o que prejudica seu desenvolvimento físico e mental e aumenta a probabilidade de comportamentos agressivos e criminosos. Dados de 49 países de baixa e média renda mostram que crianças expostas a esse tipo de violência têm 24% menos chances de alcançar o desenvolvimento esperado.
As consequências do castigo corporal são alarmantes. Crianças que sofrem punições físicas apresentam maior propensão a problemas como ansiedade, depressão, baixa autoestima e instabilidade emocional, efeitos que podem perdurar até a vida adulta. O relatório também revela que 17% das crianças expostas a castigos corporais sofreram punições graves, como pancadas na cabeça ou golpes repetidos, destacando a gravidade da situação em diversas regiões do mundo.
A OMS enfatiza que a legislação sozinha não é suficiente para erradicar essa prática nociva. A organização defende a implementação de campanhas de conscientização e o apoio a pais, cuidadores e professores para promover formas de disciplina positivas e não violentas. Essa abordagem é essencial para garantir um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento das crianças.