Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, estão explorando a notável capacidade de Joy Milne, uma enfermeira aposentada, de identificar o mal de Parkinson por meio do olfato. Milne notou um odor característico em seu marido antes mesmo do diagnóstico e, em um estudo subsequente, conseguiu identificar corretamente pacientes com a doença apenas cheirando camisetas usadas por eles. Essa descoberta sugere que odores corporais podem servir como biomarcadores para uma variedade de condições médicas, potencialmente transformando a forma como doenças são diagnosticadas.
A pesquisa liderada pela analista química Perdita Barran e o neurocientista Tilo Kunath revelou que o corpo humano emite diferentes odores que podem indicar alterações na saúde. Com a ajuda de Milne, os cientistas testaram sua habilidade em identificar pacientes com Parkinson e descobriram que ela não apenas reconheceu os seis pacientes corretos, mas também identificou uma sétima pessoa que foi diagnosticada com a doença pouco depois. Essa capacidade olfativa pode abrir novas possibilidades para diagnósticos mais rápidos e menos invasivos.
Além disso, a pesquisa destaca a importância de desenvolver tecnologias que possam replicar essa habilidade olfativa, como narizes eletrônicos que detectam compostos químicos associados a doenças. A utilização de odores como indicadores de saúde não é apenas uma inovação promissora; pode também reduzir a necessidade de procedimentos invasivos e melhorar a qualidade do diagnóstico médico. O avanço nesse campo pode beneficiar milhões de pessoas ao redor do mundo.