Um grande número de palestinos está deixando a Cidade de Gaza após o início da ofensiva terrestre do Exército de Israel, anunciada na quarta-feira, 20. As tropas israelenses estabeleceram uma base nas proximidades, intensificando os bombardeios e disparos de artilharia, com o objetivo de capturar toda a cidade, que abriga mais de um milhão de palestinos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, renovou os apelos por um cessar-fogo imediato para evitar mais mortes e destruição na região.
A ofensiva foi aprovada pelo ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, e envolve a convocação de cerca de 60 mil reservistas para apoiar as operações. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que está acelerando os prazos para eliminar o que considera os últimos redutos do terrorismo em Gaza. Em resposta, o Hamas denunciou a ação como uma guerra brutal contra civis e criticou a falta de resposta israelense a uma proposta de cessar-fogo mediada por outros países.
A situação humanitária em Gaza se torna cada vez mais crítica, com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha alertando sobre as consequências devastadoras da intensificação das hostilidades. A expectativa é que centenas de milhares de palestinos sejam forçados a se deslocar para abrigos no sul da região. Enquanto isso, mediadores como Catar e Egito tentam garantir um acordo de cessar-fogo, mas os desdobramentos permanecem incertos diante do avanço militar israelense.