A Cidade de Gaza vive dias de incerteza e tensão após o início da ofensiva terrestre do Exército de Israel, confirmada por autoridades locais. Milhares de palestinos estão abandonando suas casas em meio ao temor de uma operação em grande escala, enquanto tropas israelenses estabelecem uma base nas proximidades da cidade, que abriga mais de um milhão de moradores. O ministro da Defesa, Israel Katz, aprovou a ofensiva, que deve ser avaliada pelo gabinete de segurança ainda esta semana. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que pretende acelerar o controle sobre Gaza, alegando que a cidade abriga os ‘últimos redutos do terrorismo’. O Hamas, por sua vez, denunciou a ação como uma ‘guerra brutal contra civis inocentes’ e rejeitou propostas de cessar-fogo. Organizações internacionais expressam preocupação com a escalada do conflito. O presidente francês, Emmanuel Macron, advertiu que a ofensiva pode levar a um ‘ciclo permanente de guerra’. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) alertou que novos deslocamentos forçados podem tornar a crise humanitária em Gaza irreversível. António Guterres, secretário-geral da ONU, reiterou o pedido por um cessar-fogo imediato para evitar mais mortes e destruição, enquanto cerca de 60 mil reservistas foram convocados para apoiar as operações militares. A situação civil se agrava com civis em fuga e abrigos superlotados no sul, aumentando os temores sobre o aprofundamento do sofrimento da população e a diminuição das chances de uma solução diplomática.