As obras de reconstrução da ponte Juscelino Kubitschek, que conecta os estados do Tocantins e Maranhão pela BR-226, enfrentaram uma paralisação de mais de 24 horas devido a um protesto dos trabalhadores do consórcio responsável pela construção. O movimento ocorreu na última quinta-feira (7) e foi motivado por atrasos nos pagamentos de horas extras e benefícios previstos em contrato. A entrega da nova estrutura está prevista para dezembro deste ano.
Os trabalhadores alegam que enfrentam problemas com o controle de carga horária e que, em algumas situações, são incentivados a registrar o ponto e continuar trabalhando sem a devida compensação. A mobilização atraiu a atenção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do sindicato da categoria e do Ministério Público do Trabalho (MPT), que passaram a monitorar a situação.
Após negociações com a empresa responsável, os trabalhadores decidiram retomar as atividades, com a promessa de que os pagamentos pendentes seriam regularizados até a próxima segunda-feira (11). No entanto, caso os valores não sejam quitados, os trabalhadores ameaçam realizar uma nova paralisação. O Dnit informou que está em contato com o consórcio e que a situação será analisada para garantir os direitos dos funcionários.
A reconstrução da ponte JK foi iniciada após o desabamento da estrutura original em dezembro de 2024, que resultou na morte de 14 pessoas, com três vítimas ainda desaparecidas. O custo da nova obra é estimado em R$ 171,9 milhões e é considerada crucial para a ligação entre os dois estados.