Um levantamento da organização ImpulsoGov, baseado em dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do SUS, revela que o excesso de peso entre crianças menores de cinco anos em Minas Gerais caiu de 16% em 2014 para 12% em 2024. No entanto, a situação é preocupante entre os jovens de 10 a 19 anos, onde a obesidade aumentou de 23% para 31%, com Belo Horizonte apresentando um índice alarmante de 35,9% entre adolescentes.
Os dados indicam uma tendência nacional, refletindo mudanças nos hábitos alimentares e um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados. Especialistas destacam que 81% dos adolescentes consomem esses produtos com frequência, e mais da metade passa mais de três horas por dia em frente a telas. A sanitarista Fernanda Soares e a endocrinologista Maria Fernanda Barca alertam que essa realidade não apenas compromete a saúde pública, mas também gera impactos econômicos e sociais significativos.
Diante desse cenário, é essencial que políticas públicas sejam implementadas para combater a obesidade infantil e juvenil. A crescente prevalência de sobrepeso e obesidade entre os jovens pode resultar em doenças crônicas precoces, sobrecarregando o sistema de saúde e comprometendo a qualidade de vida das futuras gerações. A conscientização sobre hábitos alimentares saudáveis e a promoção da atividade física são fundamentais para reverter essa tendência alarmante.