A Nvidia, a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, divulgou uma previsão de receita modesta de US$ 54 bilhões para o terceiro trimestre fiscal, que se encerra em outubro. Embora esse valor esteja alinhado com a média de Wall Street, analistas esperavam um desempenho superior, acima de US$ 60 bilhões, o que acendeu preocupações sobre uma possível desaceleração nos investimentos em inteligência artificial.
As dificuldades da Nvidia no mercado chinês, exacerbadas por restrições de exportação dos EUA e pressões do governo de Pequim, também contribuem para a incerteza. Apesar da recente flexibilização das restrições à exportação de chips para a China, a empresa ainda não viu uma recuperação significativa nas vendas. As ações da Nvidia caíram cerca de 2% no after-market após o anúncio, refletindo a inquietação dos investidores.
A situação atual levanta questões sobre a sustentabilidade do crescimento da Nvidia e do setor de IA como um todo. Com uma dependência significativa das vendas para grandes operadores de data centers como Microsoft e Amazon, a empresa busca diversificar sua oferta e acelerar a adoção da inteligência artificial na economia. No entanto, os desafios persistem, especialmente em relação à disponibilidade de chips e à crescente rivalidade entre EUA e China.