A Dinamarca, um dos poucos países europeus com economia em expansão, enfrenta incertezas devido aos desafios da Novo Nordisk, fabricante do medicamento Ozempic. Em 2022, o país registrou um crescimento de 3,5%, impulsionado pelo sucesso da gigante farmacêutica. No entanto, a empresa anunciou uma redução em suas previsões de lucro, resultando em uma queda de quase 100 bilhões de dólares em seu valor de mercado e uma desvalorização de 23% nas ações em um único dia.
A queda das ações da Novo Nordisk gerou um impacto financeiro significativo para os dinamarqueses, que perderam cerca de 38 bilhões de coroas (5,8 bilhões de dólares) em carteiras de ações. Economistas alertam que a situação pode levar a uma desaceleração nas exportações e influenciar as taxas de juros, uma vez que a produção da farmacêutica é crucial para o Produto Interno Bruto (PIB) do país.
As preocupações sobre o futuro da Novo Nordisk também se refletem em possíveis demissões e uma redução no consumo privado, com acionistas já considerando cortar gastos. Apesar das dificuldades, analistas acreditam que a empresa ainda pode apresentar crescimento até o final da década, mas a sua vulnerabilidade atual pode afetar diversas áreas da economia dinamarquesa, incluindo a produção industrial e as exportações.