As novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre importações de mais de 90 países entraram em vigor à meia-noite de quinta-feira, 7 de setembro. Essa medida marca uma escalada na guerra comercial global, que já está afetando a economia americana. As tarifas, que elevam a tarifa efetiva média dos EUA ao nível mais alto em quase um século, visam redefinir relações comerciais consideradas injustas e gerar novas receitas para o governo.
Trump anunciou as tarifas em uma série de decretos na semana anterior, formalizando acordos preliminares com a União Europeia e outros países. Embora as tarifas tenham gerado cerca de US$ 152 bilhões em arrecadação aduaneira até julho, empresas já estão alertando sobre o aumento dos custos de componentes importados essenciais, resultando em elevações de preços em eletrodomésticos, roupas e itens de decoração.
As novas alíquotas variam de 15% a 50%, dependendo do país de origem, com o Brasil e a Argentina enfrentando as maiores taxas. Além disso, Trump anunciou a elevação das tarifas sobre a Índia para 50% até o final de agosto, em resposta à compra de petróleo russo. A aplicação das tarifas não se aplica a produtos já em trânsito, permitindo que importadores aumentem seus estoques antes da implementação total das novas alíquotas.
Os efeitos das tarifas já são visíveis, com a inflação subindo e a contratação desacelerando. Analistas preveem que os impactos se intensificarão nos próximos meses, à medida que as empresas se adaptam às novas condições de mercado. A situação continua a gerar apreensão entre consumidores e empresas em todo o mundo.