As novas tarifas de importação anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreenderam diversos países e prometem provocar mudanças significativas nas relações comerciais internacionais. As taxas mais altas já estão em vigor para o Canadá, enquanto a maioria das alterações será aplicada a partir de 7 de agosto, exceto para cargas embarcadas antes dessa data e recebidas nos EUA até 5 de outubro.
O Canadá, que não conseguiu firmar um acordo até o prazo final de 1º de agosto, enfrenta uma tarifa de 35% sobre produtos não cobertos pelo tratado Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). Segundo o governo canadense, cerca de 90% das exportações permanecem isentas devido ao acordo, mas setores como laticínios, madeira e couro poderão ser severamente afetados.
No Sudeste Asiático, Mianmar se encontra em uma situação crítica, enfrentando uma tarifa de 40% que impacta seu setor têxtil, responsável por mais da metade dos empregos industriais do país. A medida pode forçar empresas estrangeiras a redirecionarem suas encomendas para outros mercados. Por outro lado, a Tailândia teve um alívio parcial, com a tarifa reduzida para 19%, embora fabricantes locais ainda enfrentem incertezas sobre investimentos devido a regras confusas sobre insumos chineses.
A Suíça também foi afetada, com um aumento significativo nas tarifas para 39% sobre exportações aos EUA, um valor considerado muito acima do que havia sido previamente negociado. O governo suíço expressou surpresa e está avaliando a situação para decidir os próximos passos, mantendo a busca por uma solução negociada.