Nesta segunda-feira (25), a Noruega deu um passo significativo na luta contra as mudanças climáticas ao inaugurar o primeiro armazém comercial de CO₂ do mundo, localizado em Øygarden, nos arredores de Bergen. O projeto Northern Lights, que conta com a participação de gigantes do setor energético como Equinor, Shell e TotalEnergies, realiza a captura e o armazenamento de gás carbônico proveniente de indústrias na Europa, injetando-o em aquíferos submarinos a 2.600 metros de profundidade.
O processo envolve a liquefação do CO₂, que é transportado por navio até o terminal de Øygarden, onde é transferido para grandes cisternas antes de ser injetado no fundo do Mar do Norte. A tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS) é considerada uma das soluções mais eficazes para reduzir as emissões de indústrias difíceis de descarbonizar, como cimenteiras e siderúrgicas. No entanto, a implementação dessa tecnologia ainda é complexa e cara, especialmente em comparação com o Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia.
Até o momento, a Northern Lights firmou contratos comerciais com apenas três empresas na Europa, incluindo a produtora de amônia Yara nos Países Baixos e duas centrais de biomassa da Ørsted na Dinamarca. O sucesso deste projeto pode ter implicações significativas para a indústria energética global, mas sua viabilidade econômica será crucial para sua adoção em larga escala.