Em Hong Kong, um homem instala ninhos artificiais no Victoria Park para preservar a cacatua-de-crista-amarela, uma das aves mais ameaçadas do mundo, com apenas entre 1.200 e 2.000 exemplares restantes. A pesquisadora Astrid Andersson, da Universidade de Hong Kong, explica que a perda de habitat e o mercado clandestino estão colocando em risco a sobrevivência da espécie. As caixas-ninho foram projetadas para imitar as cavidades naturais que essas aves costumavam encontrar nas árvores, que diminuíram drasticamente devido a tufões e poda excessiva.
A introdução das cacatuas em Hong Kong é considerada uma história positiva de coexistência entre humanos e fauna selvagem, embora sua origem exata permaneça incerta. Os parques urbanos da cidade se tornaram um santuário para essas aves, que frequentemente são confundidas com outras espécies não ameaçadas. Apesar de sua presença nas ruas movimentadas, muitos moradores não percebem que estão observando uma espécie em extinção.
Além dos ninhos artificiais, Andersson desenvolveu um teste forense para analisar a dieta das cacatuas e identificar possíveis capturas ilegais. O futuro da cacatua-de-crista-amarela depende de esforços contínuos de conservação e da proteção contra o comércio ilegal, que ainda persiste em Hong Kong. A população local pode ser crucial para a sobrevivência da espécie, servindo como uma linhagem genética que pode ajudar a revitalizar as populações selvagens na Indonésia.