O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quinta-feira (7) sua intenção de criar um órgão para governar a Faixa de Gaza, sem a intenção de anexar o território. A declaração ocorre em meio a uma ofensiva militar em andamento e a um contexto de falhas nas negociações por um cessar-fogo que possibilitasse a libertação de reféns israelenses mantidos pelo Hamas.
De acordo com informações da rede de TV israelense i12, Netanyahu planeja expandir o controle sobre Gaza, com a criação de um 'perímetro de segurança' ao redor da região. O premiê se reunirá com seu gabinete na próxima terça-feira (5) para discutir os objetivos da operação militar e as estratégias para garantir que Gaza não represente mais uma ameaça a Israel.
Fontes próximas ao governo afirmam que a decisão de intensificar a ação militar se deu após o insucesso nas negociações para um acordo de cessar-fogo. O plano inclui a mobilização das Forças Armadas israelenses em áreas identificadas como locais de cativeiro dos reféns. A proposta de controle sobre Gaza não é inédita, tendo sido mencionada anteriormente por Netanyahu como parte de um 'plano de vitória' durante a autorização de ajuda humanitária ao território.
A situação em Gaza, um território palestino reconhecido pela ONU desde a criação do Estado de Israel em 1948, continua a ser um ponto crítico nas relações entre Israel e Palestina, com repercussões significativas para a segurança regional.