O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, anunciou a intenção de ocupar completamente a Faixa de Gaza, conforme reportado pelo Canal 12 nesta segunda-feira, 4. A decisão deve ser formalizada em um pronunciamento previsto para terça-feira, 5. Atualmente, cerca de 75% do território palestino já está sob controle do Exército israelense.
A medida ocorre em um contexto de crescente pressão sobre Netanyahu para encerrar a guerra com o grupo terrorista Hamas, que se intensificou após a divulgação de vídeos de reféns israelenses em condições precárias. Além disso, o governo israelense votou pela demissão da procuradora-geral Gali Baharav-Miara, o que gerou um impasse com o Judiciário e levantou preocupações sobre a integridade das instituições democráticas do país.
A Suprema Corte de Israel suspendeu a demissão da procuradora enquanto analisa sua legalidade, em resposta a uma petição emergencial apresentada por um grupo de vigilância cívica. Críticos afirmam que a exoneração é parte de uma estratégia para enfraquecer o sistema judicial e que os impasses têm um caráter pessoal para Netanyahu, que enfrenta investigações por corrupção e outros crimes.
Esta não é a primeira vez que Netanyahu é acusado de tentar minar o Judiciário. Em 2023, sua proposta de reforma judicial gerou protestos em massa e, segundo muitos cidadãos, comprometeu a resposta do país aos ataques do Hamas, que desencadearam o atual conflito.