O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, solicitou ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) assistência para fornecer alimentos e cuidados médicos aos reféns israelenses mantidos em Gaza, em meio a uma grave crise humanitária. A solicitação foi feita após a divulgação de vídeos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica, mostrando dois reféns, Rom Braslavski e Evyatar David, em estado crítico de saúde, o que intensificou o debate em Israel sobre a urgência de um acordo para a libertação dos sequestrados, capturados durante os ataques do Hamas em outubro de 2023.
Em um comunicado, o gabinete de Netanyahu informou que ele conversou com Julian Larison, chefe da delegação do CICV na região, para discutir a situação dos reféns. O Hamas, por sua vez, afirmou estar disposto a colaborar com o CICV, mas condicionou a ajuda à abertura de corredores humanitários para permitir a passagem de alimentos e medicamentos para Gaza. O movimento declarou que não nega comida aos prisioneiros, mas que eles recebem o mesmo que os combatentes e a população local, enquanto o bloqueio persistir.
A situação dos reféns gerou protestos em Tel Aviv, onde milhares de pessoas se manifestaram em apoio às famílias e exigiram a libertação imediata dos capturados. As imagens dos reféns, que aparecem visivelmente debilitados, foram criticadas por líderes internacionais, incluindo a principal diplomata da União Europeia, Kaja Kallas, e o primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, que pediram a libertação dos reféns e a continuidade da ajuda humanitária a Gaza. Desde o início do conflito, a guerra resultou em milhares de mortes, tanto de israelenses quanto de palestinos, e a situação humanitária em Gaza continua a se deteriorar.