O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou, nesta quinta-feira (21), uma operação militar em larga escala na Faixa de Gaza, com o objetivo de obter controle total da região e recuperar reféns mantidos pelo Hamas. Atualmente, as Forças de Defesa de Israel (FDI) controlam cerca de 75% do território. Netanyahu também autorizou a retomada das negociações para a libertação dos reféns e afirmou que essas ações devem ocorrer em termos aceitáveis para Israel.
A decisão de Netanyahu representa a primeira resposta oficial de Israel à proposta de cessar-fogo elaborada pelo Egito e Qatar, que foi aprovada pelo Hamas. O acordo prevê um armistício de 60 dias, medidas para facilitar a entrada de ajuda humanitária e a libertação escalonada de reféns, além da soltura de prisioneiros palestinos. Essa escalada militar ocorre em um contexto em que França, Reino Unido e Canadá manifestaram apoio ao reconhecimento do Estado palestino na ONU, como forma de rechaçar as ações israelenses.
As forças armadas israelenses planejam convocar 60.000 reservistas e estender o serviço de outros 20.000 soldados para a nova ofensiva. O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou preocupação com a situação em Gaza, ressaltando a necessidade urgente de um cessar-fogo e da libertação incondicional dos reféns para evitar uma catástrofe humanitária. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa operação militar.